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Monumentos e Vestigios

Monumentos e Vestigios

   Com a disseminação do Império Romano e seus pressupostos, o seu “modus vivendi” instala-se, tendo conduzido ao progressivo abandono das posições mais elevadas por parte das populações, que se “renderam” à planície. Com a plena romanização da zona instalam-se as primeiras “Villae”, que se encontram bastante espalhadas por todo o concelho, conforme nos demonstram os vestígios encontrados. São exemplos a “Quinta das Chedas” onde se pode afirmar, com toda a certeza, a existência de uma “villa”, que teria o nome de “Cidade dos Berlindes”. Aqui foram encontrados materiais que pertenciam sobretudo à parte agrícola do povoado, nomeadamente mós e pesos de lagar, assim como a soleira de uma porta. Na Fontela, foi encontrada uma moeda, mais concretamente um sestércio do ano 228, do Imperador Severo Alexandre. Na “Quinta da Taboadela”, foi encontrada uma bela inscrição funerária, que se encontra actualmente na Casa – Museu Camila Loureiro.

           As gentes da Freguesia de Avelal (assim como as de todo o concelho de Sátão) foram também testemunhas privilegiadas dos motivos que levaram ao declínio do Império Romano, tendo acompanhado o nascimento de uma nova era, denominada de Idade Média.

           Desta época o tipo de monumento arqueológico que se encontra mais disseminado são as sepulturas escavadas na rocha, tratando-se mesmo do monumento arqueológico mais frequente no Avelal assim como em todo o concelho, com um número de estruturas bastante significativo, correspondentes a diferentes séculos.

           São estruturas de extraordinária importância para compreendermos esta época, pois à falta de documentação, assumem-se como um elemento fundamental de estudo e uma demonstração cabal da ocupação do território. São determinantes para se entender como estas populações “viviam” a morte, muito embora não se encontrem vestígios no seu interior, uma vez que no momento em que eram enterrados, os corpos não transportavam consigo qualquer objecto, sendo unicamente embrulhados num sudário, no entanto mesmo com estes constrangimentos há que ter a noção que são um campo importante de valorização patrimonial.

           Em algumas sepulturas é possível encontrar uma pequena lagareta, tal como acontece no Eiró. Este pequeno recipiente servia para a colocação da água, que tinha como função proceder a uma lavagem do corpo antes se fazer o enterramento. Todavia, devido à sua pequena dimensão, seria um acto meramente simbólico, uma espécie de banho ritual.

           Este tipo de estrutura situa-se, normalmente, em locais destacados na paisagem e próximo de caminhos vicinais, frequentemente num grande aglomerado rochoso, permitindo e proporcionando o contacto visual a alguma distância. A proximidade a caminhos vicinais era mesmo um critério para a localização e orientação das campas, com o claro objectivo de que quem ali passasse se lembrasse de quem se encontrava ali enterrado.

 

Lagar dos Mouros :

Monumentos e Vestigios

 

Monumentos e Vestigios       No Avelal existe um lagar, que foi construído pelos Mouros. Localiza-se no Eirô. Era utilizado para fazer o vinho. Neste momento não é utilizado para esse fim, visto existirem novos mecanismos. Encontra-se em muito bom estado de conservação. Na figura e no video que se segue podemos vê-lo em pormenor.      

Lagar dos Mouros - Video

Túmulos

           Depois de percorrido vários locais em que existem túmulos, ou seja no Cavaleiro, Eira, Eiró, Chãozinho e Santa velha.
           Assim nos foi dito por alguns habitantes do Avelal: Consta que os túmulos se encontravam fechados com uma tampa e que um rapaz da época que andava no seminário, de tanto estudar enlouqueceu e como sabia da existência desses túmulos passou por lá e retirou-lhes as tampas, encontrando ossadas e objectos de defesa. Por isso encontram-se hoje sem tampas.
           Relativamente ao povo que os construiu, não se sabe bem ao certo. Uns dizem ter sido os Godos, outros dizem ser os Romanos e ainda outros dizem ser os Mouros. Existe ainda um local (penedo com uns degraus) que dizem ser de oração fúnebre ou plestra.

Túmulos - Video

As Alminhas

           No Avelal existem algumas alminhas espalhadas pela povoação. As Alminhas servem de repouso aos mortos. Aí se pára para rezar pela alma do morto no dia do funeral quando o acompanham ao cemitério. Também há alminhas que são postas, onde morreram pessoas, como por exemplo, em acidente ou de repente.

Alminhas - Video

Fontela

Freguesia: Avelal
Local: Fontela
Época: Romanismo
Latitude: 40º 44' 40” N.
Longitude: 7º 41' 20" W.
Altitude: 620 m

           Situada numa encosta virada a nordeste, é um prolongamento natural da Quinta das Chedas, donde fica próxima. Talvez por isso a tradição da Cidade dos Berlindes é também comum a esta estacão.
Tem-se achado, em terrenos onde se cultivam os cereais e onde há castanheiros e pinhais, objectos vários.

           Diz o povo do Avelal que teriam sido lá encontradas duas panelas que Os homens desfizeram logo, esperando talvez que as libras cantassem ao cair do pote. O que é certo é que cerâmica romana apanha-se com abundância, quer doméstica quer de construção. Alguns fragmentos de tégulas apresentam restos de marca feita com os dedos.
No terreno estava ainda (em 1988) uma soleira de porta e pedras aparelhadas desenterradas na lavoura.

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Moeda romana:

Freguesia: Avelal
Local: Avelal
Época: Romanismo
Latitude: 40º 45' 10” N.
Longitude: 1º 27' 20” E. Lisboa
Altitude: 600 m

           Não se trata propriamente de uma estação, que não localizamos no Avelal, mas do achado de uma moeda romana em muito bom estado de conservação.
Num quintal particular encontrou-se um sestárcio do ano 228, do imperador Severo Alexandre.
A cunhagem é de Roma.

Anverso: Busto laureado a direita, com manto sobre o ombro esquerdo e a legenda: IMP CAES M AVR SEV ALEXANDER AVG.

Reverso: Marte, inclinado a direita com lança e trofeu e a legenda: PM TR
P VII COS II PP SIC
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